quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Eis um texto argumentativo escrito por mim há quase um ano para a disciplina de Português, onde ponho à vista de todos o meu ponto de vista acerca das touradas:

Caros amigos,

estamos hoje aqui reunidos em manifesto contra uma prática da nossa sociedade à qual alguns chamam de arte. Estamos hoje aqui contra aquilo que, aos nossos olhos, não passa de um filme real de puro sofrimento e humilhação que acaba sempre com a vida do co-protagonista de forma indignante e cruel cada vez que é exibido. Estamos hoje aqui em manifesto contra esses horríveis espectáculos que dão pelo nome de touradas.

Em primeiro lugar, tentemos cada um de nós encontrar uma resposta verdadeiramente válida para tais actos. É uma tentativa em vão... Teremos, por acaso, regressado ao tempo dos coliseus romanos? É o que parece se compararmos o que se passava então com a situação actual. É esta a evolução da qual o Homem tanto se orgulha?

É uma verdade universal que o Homem é o único ser vivo racional, não é possível negá-lo. Contudo, isso não o torna o único a ter emoções, apenas lhe confere o poder da liberdade nas suas opções. Ora, que opções tem o touro? Que opções tem o touro se é um escravo da plateia que anseia por sangue na arena da praça? Tem outra escolha além de deixar-se mutilar até ao limite da sua dor, até deixar escapar o último bafo de ar dos seus pulmões e, finalmente, poder aceder ao "prémio" do descanso eterno?

No entanto, não são só condenáveis aqueles que praticam as touradas, senão também aqueles que apoiam, promovem e presumem delas, desde os cidadãos comuns até a certos elementos das autoridades. Com efeito, neste aspecto, estes últimos não cumprem o seu dever, uma vez que é evidente que nada fazem para que sejam obedecidos os vários artigos da Declaração Universal dos Direitos dos Animais, redigida no ano de 1978 pela UNESCO, a saber os seguintes excertos:

"Artigo 2: Nenhum animal será sujeito a maus tratos nem a actos cruéis;

Artigo 3: Se for necessária a morte de um animal, esta deve ser instantânea, indolora e não geradora de angústia".

Caros amigos, está na hora!
Está na hora de alterar a história deste filme!
Está na hora de acabar com as touradas!
Está na hora de, finalmente, libertar o touro!


José,
27 de Novembro de 2008

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