A primeira, a Hipótese Autogénica, afirma que algumas células procarióticas (células mais simples, sem organelos, entre os quais o núcleo) sofreram invaginações nas suas próprias membranas plasmáticas. Estas invaginações ter-se-ao acabado por isolar, formando membranas internas, sendo que algumas destas terão rodeado porções do DNA, originando o núcleo e assim células eucarióticas.
Já o outro modelo, o Modelo Endossimbiótico, explica sobretudo a formação das mitocôndrias e dos cloroplastos. Segundo esta teoria, proposta pela bióloga e professora universitária americana Lynn Margulis, procariontes mais pequenos com capacidades aeróbias teriam sido ingeridos por procariontes maiores, passando a viver no seu interior e transformando-se em mitocôndrias, estabelecendo uma relação de endossimbiose. Formavam-se assim as células eucarióticas animais. O mesmo se terá passado para o aparecimento das células eucarióticas vegetais, só que em vez de procariontes com funções aeróbias, eram capturadas cianobactérias (procariontes menores com capacidades fotossintéticas), transformando-se neste caso em cloroplastos.
Como é possível verificar, ambas as teorias deixam pontos em abertos: a primeira explica o aparecimento do núcleo mas não dos outros organelos e a segunda apenas dá uma origem hipotética das mitocôndrias e dos cloroplastos. Sendo assim, foi criado um terceiro modelo, ainda não oficial, que reune as hipóteses autogénica e endossimbiótica.
FONTES:
- GUIMARÃES, António; LEMOS, Paula; REIS, Jorge; “Preparação para o Exame Nacional 2008: Biologia e Geologia 11º ou 12º [ano 2]”; Porto Editora; 2008