sábado, 4 de setembro de 2010

Na última edição da Empire, uma das revistas americanas mais conceituadas na área do cinema, veio, para grande prazer dos fãs do Harry Potter (como eu), um artigo de vários páginas acerca dos dois próximos e últimos filmes da saga, as duas partes de "Harry Potter e os Talismãs da Morte", que inclui várias fotografias inéditas e um excerto que tem gerado alguma polémica:

"[Emma] Watson [intérprete de Hermione] (...) percebeu que neste filme os jornalistas estão interessados apenas numa coisa: como foi beijar o Ron. "Acho que percebo. Este beijo entre Hermione e Ron é muito esperado, esta coisa tem crescido em oito filmes. E Harry Potter, não é como Crepúsculo, sabes; não estamos a vender sexo. Portanto, assim que há qualquer pequena dica disto, todos ficam bastante animados."

Por curiosidade, fui ler algumas das reacções dos fãs do Twilight nos comentários dedicados a esta notícia nos sites próprios desta outra saga, não se tendo afastado muito daquilo que eu esperava...
"Sexo? Onde é que está?" ou "Ela tem é dor de cotovelo!", e outras palavras dentro do género.

Ora bem, se por um lado penso que a actriz devia ter tido talvez um pouco mais de cuidado nesta afirmação, por outro acho que não o terá dito de uma forma tão perjorativa como parece (aliás, ela já elogiou anteriormente a saga e o seu colega Robert Pattinson, que interpreta o vampiro protagonista Edward e com o qual trabalhou antes em "Harry Potter e o Cálice de Fogo").

Porém, concordo completamente com ela. Passo a explicar:

Fui dos primeiros em descobrir a saga Twilight cá em Portugal, tendo começado a ler os livros mesmo antes de se ter tornado o fenómeno que é hoje, quando ainda era desconhecido pela maioria. Aí, admito que fiquei curioso pela história e tornei-me um fã, tendo aguardado inclusive o primeiro filme.
No entanto, quando o sucesso e o burburinho passou de dever-se à história para passar a ser do "belo Pattinson" e dos "sexys abdominais do Taylor Lautner" (com uma magnífica melodia de fundo ao som dos gritos das raparigas histéricas, como não podia deixar de ser), o meu gosto pela saga foi decrescendo cada vez mais. Contudo, penso que a culpa não será tanto da Stephenie Meyer (a autora, cuja ideia foi interessante, tendo dado - na altura - uma nova visão ao romance e ao sobrenatural), mas daqueles que estão por trás do marketing dos filmes.

E é aí onde estou convencido que reside a afirmação da Emma: a saga Twilight vende, de facto, sexo.
Não um sexo literal e explícito, mas um sexo figurado, presente em grande parte, quer queiramos quer não, nos corpos daqueles que constituem o elenco masculino.

Estarei enganado? Veremos então se no trailer do "Amanhecer" não aparece em grande plano nenhuma personagem sem camisa a mostrar os seus peitorais, ao invés do que aconteceu nos da "Lua Nova" e nos do "Eclipse"...

Respeito a saga original, aquela que está presente nos livros, e os seus fãs (nos quais eu uma vez já me inclui), mas não posso deixar de mostrar o meu desagrado pelo rumo no qual os seus filmes se encaminharam...

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