sexta-feira, 16 de outubro de 2015


A ser editado brevemente em Portugal pela Editorial Presença.

Sinopse:

Kelsea Glynn is the sole heir to the throne of Tearling but has been raised in secret by foster parents after her mother – Queen Elyssa, as vain as she was stupid – was murdered for ruining her kingdom. For 18 years, the Tearling has been ruled by Kelsea’s uncle in the role of Regent however he is but the debauched puppet of the Red Queen, the sorceress-tyrant of neighbouring realm of Mortmesme. On Kelsea’s 19th birthday, the tattered remnants of her mother’s guard - each pledged to defend the queen to the death - arrive to bring this most un-regal young woman out of hiding...
And so begins her journey back to her kingdom’s heart, to claim the throne, earn the loyalty of her people, overturn her mother’s legacy and redeem the Tearling from the forces of corruption and dark magic that are threatening to destroy it. But Kelsea's story is not just about her learning the true nature of her inheritance - it's about a heroine who must learn to acknowledge and live with the realities of coming of age in all its insecurities and attractions, alongside the ethical dilemmas of ruling justly and fairly while simply trying to stay alive...

Opinião:

Houve algum hype em redor deste livro aquando da sua publicação há dois anos. Mesmo antes do seu lançamento, fora anunciado que os direitos para a sua adaptação ao cinema já tinham sido vendidos e que a actriz Emma Watson iria interpretar a protagonista. Aliás, a própria actriz já tinha lido o livro e podemos ler um breve comentário seu na contracapa a elogiá-lo.
No entanto, os responsáveis pelo departamento de marketing acharam por bem esticar a corda e vendê-lo como uma mistura de Game of Thrones com Os Jogos da Fome, como se as expectativas já não fossem muitas...
Quando finalmente foi publicado, verificou-se um efeito contrário ao desejado: as críticas iniciais não foram nada favoráveis. Os leitores sentiram-se defraudados - tem um ritmo lento e não tem nada a ver com Game of Thrones, muito menos com Os Jogos da Fome! -; o hype morreu à mesma velocidade com que nascera. A minha vontade de lê-lo diminuiu drasticamente, mas ainda assim não saiu da eterna lista dos livros que, eventualmente, quero ler. Dois anos depois, e com o segundo volume da trilogia já publicado, a classificação média no Goodreads aumentou algumas décimas e, neste momento, mantém-se em 3.97 estrelas em 5. Há três semanas, quando encontrei, por acaso, um exemplar do livro numa livraria, soube que tinha chegado o momento.

Acredito piamente que o facto de ter partido para a sua leitura sem expectativas nenhumas e sem saber quase nada da história tenha contribuído imenso para que me surpreendesse pela positiva. É verdade que tem um ritmo lento, sem muita acção, mas também é verdade que foi uma leitura que me prendeu desde a primeira página e que me agradou imenso.

Numa altura em que o mercado da fantasia está dominado pelos triângulos amorosos, é sempre uma lufada de ar fresco encontrar novos lançamentos dentro do género com um teor mais sério e adulto. Não estou a dizer que este seja caso único nem o melhor, mas gosto quando temos personagens fortes, sem medo de tomar decisões difíceis, que saem dos moldes dos protagonistas sexys e que não fazem do romance uma prioridade. Se a isto aliarmos um mundo medieval que, ao mesmo tempo, está situado no futuro, e intrigas políticas... como não ficar, no mínimo, curioso?

A escrita de Johansen é clara e directa, sem floreados. Porém, mede minuciosamente aquilo que revela. Aliás, este primeiro livro da trilogia é caracterizado por colocar um véu sobre o seu mundo que promete ser revelado aos poucos, colocando muitas questões e respondendo a poucas de modo a deixar em aberto a intriga nos próximos volumes.

O único defeito que tenho a apontar será precisamente esse: o facto deste primeiro volume ter, definitivamente, o único propósito de servir de introdução para uma história que ainda agora começou a ser contada, o que, aliado à ausência de acção e ao pouco vislumbre que temos da magia, poderá afastar os leitores que estavam à espera de algo diferente. Como standalone, este livro não me teria preenchido as medidas, mas felizmente há uma história com um grande potencial à espera de ser descoberta.

The Queen of the Tearling, a ser editado em breve pela Editorial Presença, é, sem dúvida, daqueles livros que divide: a maioria, ou fica rendido ou detesta. Pessoalmente fico feliz de ter aguardado dois anos para lê-lo sem quaisquer expectativas e poder dizer que faço parte do primeiro grupo. A espera compensou.

Classificação: 4/5

8 comentários:

  1. Olá José

    De início tb achei lento, mas deu para ver que a autora estava a contruir a história. Quando Kelsea chegou a Tearling, aí sim, começou o desenrolar da trama, e foi magnífico

    Bjos

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    1. Sim, adorei a parte da coroação! :D Entretanto já li o segundo e também gostei muito, mas mesmo assim preferi o primeiro :P

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  2. Fiquei surpresa por saber que vai ser publicado em Portugal..Vou ficar à espera :)

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    1. Sim, em 2016 :D Espero que gostes tanto quanto eu quando leres :D

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  3. Viva,

    Bem vejo que gostaste bastante e que é uma serie com muito potencial, vou ficar obviamente atento até porque já me anda a cansar ler tanta fantasia sem qualidade e pelo que percebi este livro foge dos habituais clichés bom sinal :)

    Abraço e boas leituras

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    1. Gostei mesmo muito! Entretanto já li o segundo e também gostei bastante, embora prefira o primeiro... No segundo volume principalmente vemos que é muito diferente ao habitual em fantasia x)

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  4. Parece interessante, talvez espere pela edição em português para lhe dar uma oportunidade. E, já agora, que goste tanto como tu! :D

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    1. É diferente ao que já li, principalmente no segundo volume ;)

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